A literatura é uma forma de comunicação social, por isso é
uma relação inter-humana organizada por fatores internos e externos. Os
elementos internos são, por exemplo, a estrutura da narrativa, enquanto que os
elementos externos são os sociais.
Porém, para o autor Antonio Candido, a relação entre
literatura e sociedade vai além disso, pois esses elementos que citamos acima
como externos na verdade tornam-se internos em uma obra literária, ou seja, um
fator da própria construção artística.
Foi Madame de Staél,na França,quem primeiro formulou e
esboçou sistematicamente a verdade que a literatura é também um produto social,
exprimindo condições de cada civilização em que ocorre.
A arte é social, depende da ação de fatores do meio que se
exprimem na obra em graus diversos de sublimação e produz sobre os indivíduos
um efeito prático, modificando a sua conduta e concepção do mundo, ou
reforçando neles o sentimento dos valores sociais, isto decorre da própria
natureza da obra.
A atuação dos fatores sociais varia conforme a arte
considerada e a orientação geral a que obedecem as obras. Estas podem
dividir-se em dois grupos, dando lugar ao que chamaríamos dois tipos de arte,
sobretudo de literatura: arte de agregação que se inspira na experiência
coletiva e visa a meios comunicativos acessíveis e a arte de segregação que se
preocupa em renovar o sistema simbólico, criar novos recursos expressivos e,
para isso, dirige-se a um número ao menos inicialmente reduzido de receptores
que se destacam na sociedade.
Prova disso é o livro chamado "Abril despedaçado", que ficou
conhecido no Brasil pela sua adaptação nordestina, ou seja, as obras literárias
estão relacionadas com a sociedade, de maneira geral, é importante lembrar que
a literatura não é um reflexo do “real”, mas é construída a partir das nossas
possibilidades.
Tanto quanto os valores, as técnicas de comunicação de que a
sociedade dispõe influem na obra, sobretudo na forma, e através dela, nas suas
possibilidades de atuação no meio.
Larissa Karoline e Thainá Marques
Baseado nas informações do texto pode-se concluir que a Literatura é a expressão da sociedade, como a palavra é a expressão do homem. Mesmo quando o artista das palavras fala de seu próprio mundo, de seus sentimentos, de suas percepções perante a vida, o universo e seus fenômenos, ele está de certa forma, construindo o "eu social", pois não deixa de ser um representante daqueles que só entendem o mundo através da prosa.
ResponderExcluirA literatura e a sociedade caminham lado a lado. Uma necessita da outra, uma vez que nós procuramos algo que fuja da realidade ou até mesmo mostre outras faces da mesma. Um exemplo de literatura e sociedade é a obra de Graciliano Ramos. O livro, narrado em terceira pessoa, aborda uma família de retirantes do sertão brasileiro, sendo a sua vida sub-humana condicionada diante de problemas sociais como a seca, a pobreza, e a fome, e, consecutivamente, no caleidoscópio de sentimentos e emoções que essa sua condição lhe obriga a viver, ao procurar meios de sobrevivência, criando, assim, uma ligação ainda muito forte com a situação social do Brasil hoje.
ResponderExcluirA literatura é um retrato da sociedade, seja ela ficcional ou não-ficcional.
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