“Os
Românticos libertam-se da necessidade de seguir formas reais de intuito humano,
abrindo espaço para a manifestação da individualidade, muitas vezes definida
por emoções e sentimentos.”
Para um Romântico, se o seu coração está ferido, o mundo se
torna cinza, o Sol desaparece, os pássaros morrem e a vida perde a cor. Ou
melhor, para um romântico não há mundo, há sentimento. E, para um romântico,
não há maior sentimento no mundo que o amor... E a tristeza.
O Romantismo inspirou pintores, escultores, músicos e escritores.
Textos, poesias, odes, sentimentos foram escritos e descritos por aqueles que
fizeram parte desse movimento. Até hoje, o Romantismo influi nas obras
de muitos escritores, assim como em músicas.
O Romantismo surgiu na Europa, no séc. XVIII, contrapondo-se
totalmente ao Realismo. Na visão de um Romântico, todas as ideias de razão são
deixadas de lado e substituídas por lirismo, subjetividade, emoção e pelo “eu”.
“O Romantismo é a arte do sonho e fantasia. Valoriza as
forças criativas do indivíduo e da imaginação popular.”
“Eu
amo, eu amo sofro, eu vivo, eu morro”. Egocentrismo é a qualidade da
personalidade humana que remete ao indivíduo que prioriza a si (seus desejos,
pensamentos e necessidades) diante da realidade, tornando-se imersos em uma
fantasia apropriada a esse padrão de aceitação e não enxergando a realidade da
vida social e as necessidades de outros indivíduos, maior característica do
Romantismo.
O Romantismo
Se me foi negado o amor, por que,
Então, amanhece; por que sussurra
O vento do sul entre as folhas recém nascidas?
Se me foi negado o amor, por que,
Então, a meia noite entristece,
Com nostálgico silêncio, as estrelas?
E por que este tolo coração continua,
Esperançoso e louco, espreitando o mar infinito?
“Bateu o Amor à porta da Loucura:
Deixa-me entrar, pediu, sou teu irmão,
Só tu me limparás da lama escura
A que me conduziu minha paixão!
A loucura desdenha em recebê-lo
Sabendo quanto amor vive de engano
Mas estarrece de surpresa ao vê-lo,
Assim, de humano que era, tão desumano.
Carlos Drummond de
Andrade
Se Eu Morresse Amanhã
Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã,
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!
Que sol! que céu azul! que doce n’alva
Acorda ti natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!
Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!
Fechar meus olhos minha triste irmã,
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!
Que sol! que céu azul! que doce n’alva
Acorda ti natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!
Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!
Álvares Azevedo
Na ilha por vezes habitada
Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
manhãs e madrugadas em que não precisamos de
morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e entra
em nós uma grande serenidade, e dizem-se as
palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas
mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a
vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o
sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do
mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos
ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.
Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
manhãs e madrugadas em que não precisamos de
morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e entra
em nós uma grande serenidade, e dizem-se as
palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas
mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a
vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o
sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do
mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos
ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.
José de Alencar
Arte de Amar
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Manuel Antônio de Almeida
Nathalia Silveira Cirillo
Alguns fatores que fazem parte do Romantismo, e o caracterizam: exaltação dos sentimentos pessoais, valorização da natureza, sentimento nacionalista e expressão dos estados da alma.
ResponderExcluirA emoção, o amor e a liberdade de viver são os valores retratados nas músicas desta fase. O nacionalismo, nosso folclore e assuntos populares servem de inspiração para os músicos. O Guarani de Carlos Gomes é a obra musical de maior importância desta época.
ResponderExcluirThainá Marques
O romantismo é da primeira metade do Século 18. Devido a ascensão da burguesia devido a Revolução Francesa e as guerras napoleônicas. Oromantismo possui o Anticlassicismo, possui o Sentimentalismo (emoção sobre a razão), espiritualidade (religiosidade cristã/católica). Cria uma idealização do amor e da mulher, como um objeto muitas vezes inalcançável, mulher virgem, frágil e submissa
ResponderExcluirExaltação dos sentimentos pessoais, expressão dos estados da alma, exaltação da liberdade, igualdade e reformas sociais, valorização da natureza e o sentimento nacionalista estavam muito presentes no Romantismo.
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