quarta-feira, 17 de abril de 2013

O estranho socialismo de Chico Buarque


O secretário da cultura de São Paulo, Juca Ferreira, informa que, apesar de todos os esforços e apelos, Chico Buarque se recusou a tocar na Virada Cultural, prevista para 18 de maio.
Há três meses, Chico está no topo da lista dos artistas pedidos para o evento. A enquete, votada por internautas, já teve mais de 800 mil votos. É estranho.
Estranho especialmente vindo de Chico Buarque, cuja imagem está associada à democratização da sociedade e, especialmente, ao socialismo.
Digo isso porque para ir aos seus seus shows há uma enorme barreira de renda, acessível aos mais ricos.
A Virada Cultural seria uma chance de muita gente ver um dos indivíduos mais talentosos da cultura brasileira, cujas letras e músicas são fontes de inspiração e prazer há décadas.
No mínimo, seria uma homenagem à cidade em que foi educado, projetou-o nacionalmente por meio dos festivais e onde seu pai foi tão marcante.


Rodrigo Fabretti

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