Com a mesma sensação de intensidade e fluidez que a leitura de
um bom livro proporciona, passaram-se 30 anos de Jornada Nacional de
Literatura, o grande encontro de autores nacionais e internacionais que
acontece em uma lona de circo para cinco mil pessoas na Universidade de Passo
Fundo (UPF), no Rio Grande do Sul.
Em clima de celebração, acontece de 22 a 26 de agosto a 14ª
Jornada Nacional de Literatura e a 6ª Jornadinha Nacional de Literatura
(voltada para as crianças), no Circo da Cultura. Escritores consagrados,
artistas e acadêmicos participam da programação, que inclui debates, palestras,
seminários, conferências, cursos, espetáculos musicais, teatrais e de dança,
oficinas, filmes e exposições. A promoção é da UPF e da Prefeitura de Passo
Fundo.
Neste ano, o tema não poderia ser mais pertinente. Com o título
de “Leitura entre nós: redes, linguagens, mídias”, os encontros discutirão o
impacto das novas plataformas digitais na forma como a literatura se consome, e
vem se transformando. E através de todos os pontos que formam essas redes,
incluindo os professores, alunos e o público em geral.
Entre os autores internacionais convidados estão o premiado
português Gonçalo M. Tavares, os argentinos Beatriz Sarlo e Alberto Manguel, o
americano Nick Montfort, o britânico Peter Hunt, o tunisiano Pierre Lévy e a
britânica Kate Wilson. Já o Brasil é representado por uma série de escritores
como Edney Silvestre, Marcia Tiburi, Tatiana Salem Lévy (que apesar de ter
nascido em Portugal, cresceu no Brasil), Eliane Brum, Maurício de Sousa, entre
muitos outros.
As novas tecnologias estão presentes na Jornada há alguns anos,
mas em 2011 elas migram para o centro do debate. A discussão sobre os novos formatos
digitais e as suas possibilidades vai nortear os debates, colocando em pauta a
questão de que a tecnologia pode ser usada para o estímulo da leitura e da
formação de público para a arte. Este, aliás, é o objetivo supremo da Jornada
ao longo de seus 30 anos.
Larissa Karoline.
Larissa Karoline.
Como centro de debate temos a substituição do livro de papel pelo livro digital. Pelo aspecto ambiental é ótimo, mas sou totalmente contra. Nada poderá substituir o livro impresso. Por mais que se tenha o mesmo conteúdo no digital, não poderemos trocar livros, somente comentar a experiência da leitura
ResponderExcluirOs livros impressos sempre existirão. Os chamados eBooks não vão tirar o lugar do papel e tinta. O objetivo é deixar o livro mais acessível, de modo que possa ser "carregado" no tablet, eBook, iPhone...
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