terça-feira, 26 de março de 2013

Veja como tirar proveito de redes sociais sem perder produtividade

Os jovens que passam horas navegando pelas redes sociais durante o horário de trabalho podem prejudicar seu futuro profissional. O alerta é de Manoela Costa, gerente da Page Talent, unidade de negócios da Page Personnel dedicada ao recrutamento de estagiários e trainees. Segundo ela, jovens que não sabem utilizar o Facebook, Twitter, LinkedIn e outras redes de forma equilibrada podem comprometer sua trajetória profissional.“As redes sociais fazem parte do cotidiano desses jovens. A maioria acessa diariamente pelo smartphone ou pelo computador. O que tem de ser ponderado é a quantidade de horas que esses profissionais passam conectados às redes durante o horário de trabalho.
Por meio de um levantamento realizado nacionalmente em novembro de 2012 com cerca de 200 estagiários e trainees, a Page Talent procurou entender se os jovens utilizavam as redes sociais e por quanto tempo ficavam conectados nesses sites. Quase metade dessa amostra (46%) afirmou que checa as redes sociais durante o horário de trabalho. E 42% desse mesmo público confidenciou que passa ao menos uma hora por dia ligado nas redes de relacionamento durante o expediente. Além disso, um terço dos entrevistados reconheceu que a atividade pode atrapalhar na produtividade.
Claro que não podemos generalizar. Há outros fatores que influenciam na produtividade dos jovens profissionais, como falta de autonomia, de conhecimento, de experiência e de uma gestão bem direcionada e influenciam muito nos resultados finais apresentados por cada profissional”, afirma a especialista.Para ela, as redes sociais são benéficas e também podem ser uma aliada no ambiente profissional. “

Barbara Demerov

Dica: Blog da semana!


reprodução
“O Depósito de Calvin” é um paraíso para os fãs de “Calvin e Haroldo”, personagens das tirinhas criadas, escritas e ilustradas pelo norte-americano Bill Watterson.
O blog reúne diversas histórias dos personagens, divididas por temas. Traz também frases, artes feitas por fãs, vídeos e livros ligados a sagaz ao inteligente  garoto de 6 anos e seu grande companheiro, um tigre de pelúcia, que ganha vida em sua imaginação.
Durante os dez anos em que as tirinhas foram produzidas, de 1985 a 1995, as histórias dos personagens estamparam as páginas de mais de 2.400 jornais em todo o mundo.
No blog, além de tirinhas exclusivas da dupla de personagens, existem dicas de outros livros, filmes, Biografia dos autores, etc. ótima oportunidade para conhecer ou explorar mais o mundo dos quadrinhos. 
Link do blog: http://depositodocalvin.blogspot.com.br/

Rodrigo Bifani


Virada cultural têm data confirmada em São Paulo


Está fechada a data da Virada Cultural na cidade de São Paulo: 18 e 19 de maio, segundo informou ao Catraca Livre o secretário da cultura, Juca Ferreira.

Uma das novidades, neste ano, é que haverá uma programação mais intensa para as crianças, batizada de “Viradinha”. “Gostaria de a Viradinha fosse um dos pontos altos da festa”, afirma.
Juca Ferreira, Secretário da cultura

A Virada Cultural, segundo ele, terá uma abertura diferente: os Estados brasileiros estão sendo convidados a enviarem representações de suas mais fortes manifestações artísticas. “Queremos mostrar que São Paulo resume o Brasil”, afirma o secretário.

Por causa da votação realizada pela internet, lançada pelo Catraca Livre, Juca disse que está pessoalmente empenhado em trazer Chico Buarque – ele era o primeiro na votação, que já teve mais de 580 mil votos. perdendo liderança somente para Charlie Brown Jr. (contudo seria inviável, já que vocalista Chorão morreu) 
Juca disse também que, neste ano, quer fazer um festa de São Paulo que seja um dos principais eventos da cidade, além de um encontro que reúne manifestações das colônias estrangeiras. Consulados têm se interessado em participar desse evento.
Juca afirma também que evento será transmitido Ao vivo pela internet. 

Rodrigo Bifani.








segunda-feira, 25 de março de 2013

Adolescente de 17 anos morre ao capotar carro roubado na zona sul de São Paulo

Uma perseguição policial terminou com a morte de um adolescente de 17 anos em um grave acidente na madrugada desta segunda-feira, 25, na altura do número 5.305 da Avenida Senador Teotônio Vilela, nas proximidades da Rua Hilário Ascabusi, em Cidade Dutra, zona sul de São Paulo.


De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a perseguição começou no Jardim Icaraí por volta de 4h30, quando policiais militares suspeitaram do adolescente, que dirigia um Hyndai modelo IX35. O garoto acelerou o veículo, mas perdeu o controle e capotou. O carro bateu em um Fiat, um táxi e um ônibus. O adolescente ficou preso nas ferragens e chegou a receber atendimento no Hospital Geral do Grajaú, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a SSP, o carro conduzido pelo menino era furtado.
O motorista do ônibus ficou ferido e foi socorrido no Pronto-Socorro de Vidas. As duas pessoas que estavam no Fiat não sofreram ferimentos.
A faixa da esquerda da Avenida Senador Teotônio Vilela, sentido centro, permaneu bloqueada até às 14 horas para realização de perícia. O caso foi registrado pelo 85º Distrito Policial, do Jardim Mirna, pelo delegado André Eustáquio da Fonseca. 
Thainá Marques

Quadrinista japonesa transforma vida de Steve Jobs em mangá

O primeiro episódio de uma história em quadrinhos que relata a vida do cofundador da Apple, o americano Steve Jobs --morto em 2011-- criada pela desenhista japonesa Mari Yamazaki será lançado nesta semana no Japão, na revista mensal "Kiss".
O mangá, como são conhecidas as histórias em quadrinhos japonesas, será uma adaptação oficial da biografia autorizada de Jobs, escrita por Walter Isaacson.
Yamazaki optou por publicar esta história biográfica em quadrinhos na "Kiss", um mangá orientado para mulheres adultas, uma decisão que alguns meios qualificaram como arriscada.

No entanto, Kodansha, a editora da revista, se mostrou convencida que a autora é capaz de fazer com que a vida e a obra de Jobs sejam interessantes para suas leitoras.
Yamazaki teve bastante sucesso com "Termae Romae", um mangá peculiar que conta a história de um arquiteto romano do século II que viaja, através de um vórtice, ao Japão contemporâneo, e fica maravilhado pela cultura dos balneários japoneses, cujos avanços aplicou depois no design de seus termas.
Apesar de escrever para o mercado japonês, Yamazaki morou por mais de 20 anos na Europa e atualmente vive em Chicago.
O mangá da desenhista não é o primeiro que viaja em torno da figura de Jobs no Japão, onde a marca da maçã sempre despertou enorme devoção.
Em 1984, Mitsuru Sugaya publicou na revista infantil "Kokoro Comic", um mangá intitulado "A História do Apple II" sobre o bem-sucedido computador de oito bits lançado no mercado em 1977.
Em 2011, Takahiro Ozawa, Asako Seo e Keiichi Matsunaga lançaram uma história em quadrinhos para internet chamada "Steves", seguindo os passos dos dois fundadores da Apple, Steve Jobs e Steve Wozniak.

Thainá Marques



terça-feira, 19 de março de 2013

Funcionalismo (Teoria da Comunicação)


     A Teoria Funcionalista estuda o equilíbrio entre indivíduos e veículos e todo o sistema de transmissão de conteúdo englobado. Trata-se de um estudo sociológico no setor de comunicação, principalmente sobre a mídia de massa.
É funcionalista por tentar entender a função de cada meio comunicativo e a lógica na problemática social.  Relativo ao indivíduo considera o nível social das pessoas atingidas por determinada mídia, o prestígio veiculado nessa relação e as possíveis resistências de recepção do que é veiculado. A teoria sempre defende que a existência de uma mídia deve ser submetida a uma necessidade, existência influenciada por demandas sociais. A teoria funcionalista esteve ligada a estudos desenvolvidos nos EUA, e aos teóricos da Escola de Frankfurt, na Alemanha.
A Teoria Estrutural Funcionalista foi desenvolvida por Harold Lasswell em sua preocupação de analisar e associar ligação entre os meios de comunicação e o seu público. A teoria de Lasswell tinha como princípio quatro perguntas básicas: Quem diz? Em qual meio? Para quem? E com qual consequência?
Essas perguntas buscavam localizar o poder político dos meios e  analisar a relevância de seus conteúdos emitidos. Visavam também subdividir os objetivos de cada mensagem no primeiro momento e nos momentos seguintes. Na análise social de cada meio, visava acompanhar o cumprimento cultural e educativo de uma mídia de massa como instrumento social. A partir dos estudos de Lasswell, iniciou-se uma corrente de estudos e pesquisas nas funções dos veículos de comunicação de massa na sociedade. A teoria aborda constantemente a relação indivíduo, sociedade e mídia de massa, numa preocupação com o equilíbrio do sistema social.

- Harold Dwigth Lasswell



Rodrigo Fabretti

Caco Barcellos: "Por enquanto, sou o repórter das injustiças sociais”


Caco Barcellos, o repórter das injustiças sociais, como ele mesmo define, foi destaque no encerramento da 10ª Secomt (Semana de Comunicação Toledo), em Araçatuba.

O palestrante tem, por excelência, uma postura equilibrada, entre o jornalista e o cidadão-comum. Atento ao que lhe rodeia, demonstra sensibilidade, sem perder o profissionalismo. Sabe transmitir valores, compartilhar experiências, provocar reflexões e despertar interesses.

No programa “Profissão Repórter”, da Rede Globo, Caco convive com jovens jornalistas. Enfrenta vários desafios e uma missão: mostrar a notícia com diferentes ângulos. Um formato ousado e atrativo, que lhe rende méritos.


Barcellos também é referência em jornalismo investigativo, destacando-se, principalmente, em apurações sobre o tráfico e a violência. Não só em trabalhos televisivos, mas também em livros que conquistaram grande sucesso no meio jornalístico, como “Rota 66” e “Abusado”.
O primeiro tem a premissa de envolver o leitor em uma situação real, mas pouco explorada pela mídia: conflitos entre policiais e jovens da periferia, sob a ótica das vítimas. O segundo evidencia o universo das drogas e os protagonistas do tráfico, até então desconhecidos pela sociedade.


Durante a palestra, o jornalista apresentou duas reportagens. Além de falar sobre a produção e repercussão, Barcellos comentou sobre direcionamentos, personagens, mercado de trabalho e como empreender na área. 
Para Caco Barcellos, o olhar diferenciado e crítico, a apuração responsável e o compromisso com as fontes são ferramentas indispensáveis na prática jornalística. Dentre seus ideais está a defesa dos menos favorecidos, o respeito ao próximo. “Quando o país deixar de ser injusto, eu vou ser o repórter das justiças sociais. 
                                    Por enquanto, sou das injustiças sociais”, afirma. 
O jornalista não nasceu em “berço de ouro”. Aos 12 anos vendia passes escolares, depois ajudava na venda de frutas e verduras. Mais tarde enfrentava uma carriola, juntando vidros e ossos.
As palavras bem colocadas, a tranquilidade, o sorriso sereno de Caco Barcellos e a facilidade de compartilhar experiências não surpreendem. São peculiaridades dignas de quem, “por sorte”, venceu os obstáculos, e, com coragem, aprendeu a contar histórias.


Larissa Karoline

Teoria Crítica

Associada à Escola de Frankfurt e baseada na interpretação marxista, a Teoria Crítica surgiu em 1924 unificando o pensamento tradicional dos filósofos ao presente. A primeira geração de cientistas sociais que integrou a Escola de Frankfurt foi composta por um grupo de intelectuais de esquerda, como Max Horkheimer (imagem) e Walter Benjamin.


A Teoria Crítica sugere que a mídia produz dominação através de mensagens ideológicas e, ao criar a padronização, anula qualquer forma de individualidade, impondo padrões estéticos com o objetivo de garantir público para seus produtos, arte, e afins, garantindo lucros. A Teoria Crítica justamente propõe a autocrítica e o esclarecimento das ações de dominação social.
Um bom exemplo de contraponto à tal mensagem é a contra-cultura. Pessoas que se recusam a absorver a mensagem ideológica da padronização criaram a contra-cultura como uma maneira de "lutar" contra a alienação e a manipulação do pensamento coletivo. Por exemplo, escolas que se recusam a utilizar músicas norte-americanas nas festas juninas por se tratar de um evento exclusivamente brasileiro.

Cauê Lira

Biografia de Charles Sanders Peirce



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(Charles Sanders Peirce - Cientista, matemático, historiador, filósofo e lógico norte-americano).




















É considerado o fundador da moderna Semiótica. Graduou-se com louvor pela Universidade de Harvard em química, fez contribuições importantes no campo da Geodésica, Biologia, Psicologia, Matemática, Filosofia. Peirce, como diz Santaella (1983: 19), foi um "Leonardo das ciências modernas". Uma das marcas do pensamento peirceano é a amplição da noção de signo e, consequentemente, da noção de linguagem.
Peirce foi o enunciador da tese anticartesiana de que todo pensamento se dá em signos, na continuidade dos signos. 
Morreu em 1914, deixando mais do que 12 mil páginas publicadas e 90 mil páginas de manuscritos inéditos.Esses manuscritos se encontra na Universidade de Harvard, USA. 
Peirce nasceu em 10 de setembro de 1839, em Cambridge. Charles é filho de Benjamin Peirce, também um matemático. Foi professor em Harvard por quase 50 anos. Os estudos dele contribuíram com a matemática celeste, estatística, teoria dos números, álgebra e filosofia da matemática. Benjamin Peirce faleceu no dia 6 de outubro de 1880.
Seus estudos levaram ao que ele chamou de Categorias do Pensamento e da Natureza, ou Categorias Universais do Signo. São elas a Primeiridade, que corresponde ao acaso, ou o fenômeno no seu estado puro que se apresenta à consciência, a Secundidade, corresponde à ação e reação, é o conflito da consciência com o fenômeno, buscando entendê-lo. Por último, a Terceiridade, ou o processo, amediação. É a interpretação e generalização dos fenômenos. O trabalho mais reconhecido de Peirce foi o estudo da semiótica.

Nathalia Cirillo

sábado, 16 de março de 2013

"O que é comunicação", de Juan Bordenave

O livro fala dos anos 70 e a preocupação com o homem social, que ele seria o produto e o criador da Sociedade em que ele vive, podendo usar o poder da comunicação tanto para o benefício quanto para prejudicar - mas nem todas as pessoas desenvolvem seu poder de comunicação pois lhes faltam orientações e instruções. 


Segundo o próprio autor Juan Bordenave, "um melhor conhecimento da comunicação pode contribuir para que muitas pessoas adotem uma posição mais crítica e exigente em relação ao que deveria ser a comunicação na sua sociedade". E a missão deste livro é o leitor compreender a comunicação e o seu processo.

Não se pode existir comunicação sem sociedade, muito menos sociedade sem comunicação. A comunicação não pode ser melhor que a sua sociedade, e nem a sociedade pode ser melhor que a sua comunicação. Cada sociedade tem a Comunicação que merece.

A Comunicação foi o canal por onde os padrões de vida de uma certa cultura foi transmitida para um membro de sua sociedade, a fim de que ele aprendesse a ser membro desta. Tudo isso é possível graças à Comunicação. A comunicação não é composta apenas pelos Meios de Comunicação Social - ela é composta pelos atos de comunicação que um homem realiza desde quando ele se levanta de manhã até quando ele deita-se à noite. A Comunicação se tornou uma necessidade básica aos homens.

Os Meios exercem muita influência sobre as pessoas, essas influências são tanto “positivas” quanto “negativas”, - é o caso do Jornal, do Rádio e da TV, etc... Cenas passadas na TV podem lhe ajudar em acontecimentos em sua vida, pois se acontece algo semelhante ao que se passou em uma novela por exemplo, você já saberá o que fazer.

A Comunicação evoluiu de uma pequena semente, para inventar meios que vencessem a distância e o tempo, até que esses meios cobrissem o mundo inteiro. Durante tempos se discutiu a origem da fala humana, mas a primeira forma organizada de comunicação humana foi a linguagem oral, às vezes acompanhada pela linguagem gestual. Começaram utilizando-se de desenhos e mais tarde começaram a usar a linguagem escrita.
Com a evolução da linguagem, desenvolveu-se também os meios de comunicação. O alcance da comunicação foi de maneira definitiva assegurada pela invenção dos meios eletrônicos que utilizam-se de diversos tipos de ondas para transmitir signos.

A Comunicação não inclui só palavras e gestos mas também os movimentos do corpo, a roupa que se veste, os olhares etc. Isso torna praticamente quase impossível não comunicar. Às vezes até o silêncio comunica, sendo mais eloqüente que um conjunto de palavras. A própria Cultura pode ser considerada como Comunicação. Cada cultura cria seu próprio códigos e da seus próprios significados.


Barbara Demerov

quarta-feira, 6 de março de 2013

O que é Semiótica?

A Semiótica, é a ciência geral dos signos e da semiose que estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sistemas sígnicos,isto é, sistemas de significação.

Mais abrangente que a linguística, a qual se restringe ao estudo dos signos linguísticos, ou seja, do sistema sígnico da linguagem verbal, está ciência tem por objetivo qualquer sistema sígnico - Artes Visuais, Música, Fotografia, Cinema, Culinária, Vestuário, Gestos, Religião, Ciências, etc.

Para compreender o básico da Semiótica, precisamos saber o que são signos, símbolos e ícones.


Signos = Servem para representar “coisas” em nosso cérebro. Quando olhamos algo, criamos uma imagem “similar”, o objeto não está de fato dentro da nossa cabeça, nosso mundo está todo representado por signos.
Símbolos = “Elemento representativo visível que por analogia substitui um objeto”. Por exemplo, os desenhos pré-históricos (pinturas em pedras), são *símbolos representando *signos.
Ícones = “Pequeno símbolo gráfico, usado geralmente para representar um software ou um atalho para um arquivo específico”.  Imagine um botão, sabemos o que é no mundo real ou virtual.
Na prática pra que serve tudo isso?
A semiótica é uma ciência que nos ajuda a entender como as pessoas interagem com objetos, interpretam o mundo a sua volta e com o que se emocionam, entre outras coisas. Com essa ajuda, podemos melhorar produtos e serviços criando e adequando qualquer coisa para nosso público alvo.
Diversos autores publicaram livros sobre o assunto, porém os mais importantes são:
Sausurre – Aplicou a semiótica principalmente no campo linguístico.
Pierce - Na filosofia.
Umberto Eco – Na literatura e no cinema (inspirou estudos sobre interfaces gráficas).
Como ciência a Semiótica é relativamente nova, contudo é utilizada a muito tempo por todos os povos e culturas antigas. No passado quando buscamos colocar em prática nossas idéias representando-as no mundo real, criamos signos e símbolos iniciamos uma evolução sem precedentes que moldou nosso mundo como conhecemos hoje.
                             Rodrigo Bifani


Comunicação e Semiótica

                             



 Convivemos com a realidade a nossa volta sem nos dar conta dos procedimentos que o cérebro humano utiliza para compreender os fenômenos cotidianos. 
  A comunicação que permeia nossas vidas faz parte desses procedimentos tão naturais, que sua dinâmica se incorpora aos nossos fazeres mais espontâneos, sem a devida mentalização. No ponto de vista da semiótica,o ato de se comunicar é a materialização do pensamento, sentimentos em signos conhecidos pelas partes envolvidas.Estes símbolos são então transmitidos e reinterpretados pelo receptor. O lugar da semiótica dentro das ciências da comunicação depende do que se entende por comunicação. 
 Toda a comunicação se faz através de sinais, e esse fato constitui o bastante para ser estudado sobre o que são, quais tipos existem, como funcionam, qual será o seu significado, de que modo são utilizados. Contudo, o estudo dos sinais tanto pode ocupar um lugar central como um lugar periférico no estudo da comunicação.  
 O modelo de comunicação que apresentam é conhecido como: uma fonte que passa a informação a um transmissor que a coloca num canal (mais ou menos sujeito a ruído) que a leva a um receptor que a passa a um destinatário. É um modelo linear de comunicação, simples, porém eficiente na resolução dos problemas técnicos da comunicação.  
 O modelo semiótico de comunicação é aquele em que a ênfase é colocada na criação dos significados e na formação das mensagens a transmitir. Para que haja comunicação é preciso criar uma mensagem a partir de signos, mensagem que induzirá o interlocutor a elaborar outra mensagem e assim sucessivamente.O modelo semiótico de comunicação não é linear, não se centra nos passos que a mensagem percorre desde a fonte até ao destinatário. O modelo semiótico considera inseparáveis o conteúdo e o processo de comunicação.  Quer isto dizer que o significado da mensagem não se encontra instituído na mensagem,e é independente de qualquer contexto, mas é algo que subsiste numa relação estrutural entre o produtor, a mensagem, o referente, o interlocutor e o contexto.

Link para pesquisa


Comentário: Nos estudos de comunicação,  existem dois formatos de investigação, uma que entende a comunicação sobretudo como um fluxo de informação, e outra que entende a comunicação como uma produção e troca de sentido, o primeiro formato é a escola processual da comunicação e o segundo é a escola semiótica.

                                                Rodrigo Fabretti

terça-feira, 5 de março de 2013

Documentários Línguas - Vidas em Português



   Língua – Vidas em Português é um documentário filmado em seis países (Brasil, Moçambique, Índia, Portugal, França e Japão), e conta com a presença de pessoas ilustres como José Saramago e de outras pessoas anônimas.


O mais interessante é perceber a memória que está armazenada na língua. Nos seis países visitados, quando os entrevistados são instados a se pronunciar e o fazem em português passam uma sensação fantástica de intimidade para o telespectador que também fala português. O cenário pode não ser conhecido, mas, a língua cria uma zona de conforto.

Para se ter uma dimensão dessa afirmativa, os olhos puxados de algumas personagens do documentário a priori afastam a possibilidade de semelhanças entre as culturas, no entanto, está na língua uma possibilidade de link entre o Japão e o Brasil. Os japoneses que falam português deram a sua contribuição à língua e sentem-se em casa em um bar brasileiro localizado em Tóquio (provavelmente se comunicam em um português oriental!). A música é brasileira, o ambiente nos é familiar, no entanto as pessoas são de um outro continente e de uma cultura bastante diversa da nossa.

Aparece um casal, francês, salvo engano, que fala português e que tem consciência de o que é moda e faz questão, provavelmente num grito rebelde por espaço, de estar fora dela. E argumentam que caso você se torne escravo da moda, qualquer dificuldade financeira, por exemplo, pode acabar com a sua vida. Pode deixá-lo sem identidade. Eles vivem a maneira de se comunicar, que vai além da fala e da escrita, com intensidade e dão importância ao estilo de vida e de se vestir como códigos sociais que são.

Há um outro momento bastante relevante que é o da apresentação de um ritual religioso em um dos países estrangeiros que são visitados. Por mais que a compreensão de palavra por palavra seja comprometida pela velocidade do sotaque, a emoção é muito clara e mora justamente nessa memória que a língua guarda tão bem. A comprovação está em um ritual religioso realizado em uma favela do Rio de Janeiro que, embora com um texto diferente, traz a mesma carga dramática e nos permite o mesmo envolvimento emocional.

São inúmeras passagens que mostram como a língua portuguesa sofre diferentes influências, cruza com as mais diversas histórias, culturas e não se esvazia jamais de sentido, isso é a própria comunicação. Não há a possibilidade de uma língua simplesmente absorver novas interpretações isoladas, contextualizadas apenas para um ou outro país. Ela pertence a um universo muito maior e representa a memória coletiva de um povo colonizador e um povo colonizado.

João Ubaldo Ribeiro analisa tecnicamente as alterações que o português brasileiro tem sofrido em função das dimensões geográficas do Brasil e das influências de outros povos. Não demonstra desconforto quanto à absorção de vocabulário, apenas quanto à importação de sintaxe, no entanto, conclui que é um processo natural e que caso não ocorresse todos ainda falaríamos latim.

O foco do documentário está na demonstração de que o português não é uma língua estática, assim como não são estáticas as sociedades que falam ou poderão vir a se comunicar através da última flor do Lácio.


Thainá Marques