Convivemos com a realidade a nossa volta sem nos dar conta dos procedimentos que o cérebro humano utiliza para compreender os fenômenos cotidianos.
A comunicação que permeia nossas vidas faz parte desses procedimentos tão naturais, que sua dinâmica se incorpora aos nossos fazeres mais espontâneos, sem a devida mentalização. No ponto de vista da semiótica,o ato de se comunicar é a materialização do pensamento, sentimentos em signos conhecidos pelas partes envolvidas.Estes símbolos são então transmitidos e reinterpretados pelo receptor. O lugar da semiótica dentro das ciências da comunicação depende do que se entende por comunicação.
Toda a comunicação se faz através de sinais, e esse fato constitui o bastante para ser estudado sobre o que são, quais tipos existem, como funcionam, qual será o seu significado, de que modo são utilizados. Contudo, o estudo dos sinais tanto pode ocupar um lugar central como um lugar periférico no estudo da comunicação.
O modelo de comunicação que apresentam é conhecido como: uma fonte que passa a informação a um transmissor que a coloca num canal (mais ou menos sujeito a ruído) que a leva a um receptor que a passa a um destinatário. É um modelo linear de comunicação, simples, porém eficiente na resolução dos problemas técnicos da comunicação.
O modelo semiótico de comunicação é aquele em que a ênfase é colocada na criação dos significados e na formação das mensagens a transmitir. Para que haja comunicação é preciso criar uma mensagem a partir de signos, mensagem que induzirá o interlocutor a elaborar outra mensagem e assim sucessivamente.O modelo semiótico de comunicação não é linear, não se centra nos passos que a mensagem percorre desde a fonte até ao destinatário. O modelo semiótico considera inseparáveis o conteúdo e o processo de comunicação. Quer isto dizer que o significado da mensagem não se encontra instituído na mensagem,e é independente de qualquer contexto, mas é algo que subsiste numa relação estrutural entre o produtor, a mensagem, o referente, o interlocutor e o contexto.
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Comentário: Nos estudos de comunicação, existem dois formatos de investigação, uma que entende a comunicação sobretudo como um fluxo de informação, e outra que entende a comunicação como uma produção e troca de sentido, o primeiro formato é a escola processual da comunicação e o segundo é a escola semiótica.
Rodrigo Fabretti
A Semiótica (do grego σημειωτικός (sēmeiōtikos) - literalmente, "a ótica dos sinais"), é a ciência geral dos signos e da semiose que estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sistemas sígnicos, isto é, sistemas de significação. Ambos os termos são derivados da palavra grega σημεῖον (sēmeion), que significa "signo", havendo, desde a antiguidade, uma disciplina médica chamada de "semiologia". Foi usada pela primeira vez em Inglês por Henry Stubbes (1670), em um sentido muito preciso, para indicar o ramo da ciência médica dedicado ao estudo da interpretação de sinais. John Locke usou os termos "semeiotike" e "semeiotics" no livro 4, capítulo 21 do Ensaio acerca do Entendimento Humano (1690).
ResponderExcluirMais abrangente que a lingüística, a qual se restringe ao estudo dos signos lingüísticos, ou seja, do sistema sígnico da linguagem verbal, esta ciência tem por objeto qualquer sistema sígnico - Artes visuais, Música, Fotografia, Cinema, Culinária, Vestuário, Gestos, Religião, Ciência, etc.
Surgiu, de forma independente, na Europa e nos Estados Unidos. Mais frequentemente, costuma-se chamar "Semiótica" à ciência geral dos signos nascidas do americano Charles Sanders Peirce e "Semiologia" à vertente europeia do mesmo estudo, as quais tinham metodologia e enfoques diferenciados entre si1 .
Na vertente europeia o signo assumia, a princípio, um caráter duplo, composto de dois planos complementares - a saber, a "forma" (ou "significante", aquilo que representa ou simboliza algo) e o "conteúdo" (ou "significado" do que é indicado pelo significante) - logo a semiologia seria uma ciência dupla que busca relacionar uma certa sintaxe (relativa à "forma") a uma semântica (relativa ao "conteúdo").
Mais complexa que a vertente europeia, em seus princípios básicos, a vertente peirciana considera o signo em três dimensões, sendo o signo, para esta, "triádico". Ocupa-se do estudo do processo de significação ou representação, na natureza e na cultura, do conceito ou da ideia.
Posteriormente, teóricos europeus como Roland Barthes e Umberto Eco preferiram adotar o termo "Semiótica", em vez de "Semiologia", para a sua teoria geral dos signos, tendo, de fato, Eco se aproximado mais das concepções peircianas do que das concepções européias de origem em Saussure e no Estruturalismo de Roman Jakobson.
O termo semiótica é de origem grega “semeion” que significa signo. É o estudo que analisa a linguagem em geral, não determinada idiomas ou a linguagem falada em si, mas o estudo das formas e interpretação de tudo o que está ao nosso redor. O pensador Charles Pierce um dedicou-se ao estudo de diversas áreas do pensamento lógico, entre como a química, matemática e filosofia, mas tinha a semiótica como o centro de seu interesse, pois para ele a semiótica proporcionava a compreensão das demais áreas “a análise de antemão sem um julgamento das experiências do homem, das percepções internas, externas e intensas”.
ResponderExcluirNo trabalho jornalístico, os instrumentos de estudo da semiótica também são constantemente presentes. Certa matéria pode atrair a atenção do leitor, em primeiro momento, muito mais pela imagem que foi exposta, do que pela própria chamada escrita. Ou o que muitas vezes não é falado por um repórter ou escrito em mídias impressas, pode ser indiretamente dito por meio de cena, figura, ou foto, despertando diversas reações interpretativas nas pessoas. Com a expansão da internet e as mídias atuais, é exigido do jornalista uma apuração mais cautelosa e analítica possível, pois o fluxo informações nos meios de comunicação são cada vez maiores e intensos
Barbara Demerov >>>> A semiótica é uma ciência que nos ajuda a entender como as pessoas interagem com objetos, interpretam o mundo a sua volta e com o que se emocionam, entre outras coisas. Com essa ajuda, podemos melhorar produtos e serviços criando e adequando qualquer coisa para nosso público alvo!
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